9 de setembro de 2014

Homenageada de Setembro/2014: Joice Rodrigues

. Nome (artístico ou comum): Joice Rodrigues
. Quanto tempo de dança: Dança no geral, 24 anos, profissionalmente, 10 anos.
. Cidade (em que mora): Araçatuba/SP

. O quê a motivou a dançar?
Comecei muito cedo, não entendia muito bem o que era ser bailarina, tinha 3 anos, mas a minha motivação foi minha mãe que sempre sonhou em ter uma menina que se chamasse Joice. Quando minha mãe era criança minha família morava em São Paulo e ela assistia a TV Tupi e os programas do Silvio Santos. Tinha uma academia de dança muito famosa em São Paulo em que a bailarina e a proprietária se chamava Joice e foi daí que minha mãe me deu o nome e tinha o sonho de que eu me tornasse como essa bailarina, conhecida até na TV brasileira. Era o sonho dela e aqui estou, bailarina como ela sonhou, só não me apresentei ainda no programa do Silvio Santos rsrs.

. No que a dança te ajudou (emocionalmente, fisicamente, psicologicamente)?
A dança sempre esteve presente em minha vida.  Comecei com 3 para 4 anos e desde então acho que passo mais tempo em uma sala de aula do que em casa rs. Deste os momentos mais difíceis como a morte do meu pai, a dança sempre foi um refugio e onde eu coloco minhas emoções pra fora. Psicologicamente a dança me fez superar essa dor que para mim, foi umas das piores. Consegui superar e me fez enxergar que eu sou capaz de encarar cada momento em minha vida. A dança me trouxe essa segurança e fisicamente me faz muito bem, quando não danço não sou a mesma. Esta na alma mesmo.

. Quais oportunidades que você teve com a dança?
 Tive varias e estou tendo ainda. Mas a que me completa é a oportunidade de torná-la a minha profissão  hoje em dia. Amo ser professora e essa foi a maior oportunidade que a dança me deu. Ensinar é algo inexplicável, ainda mais quando é arte. Além de conhecer pessoas incríveis em minha vida, a dança me trouxe isso. Oportunidades profissionais e reconhecimentos. Sou nova ainda no meio deste mundo oriental (dança do ventre). Mas foi onde eu resolvi ficar e foi onde eu consegui mais oportunidade até hoje.

. Qual contribuição de sua professora para o que você é  hoje?
Tive várias professoras, professores e mestres na minha carreira mas, tem uma que nunca esqueço e o nome dela é Sônia Gimenez que foi minha professora por 12 anos, e foi a única. Devo muito a ela! Sei que o professor é só uma porta para nos bailarinos mas ela foi especial em minha vida e até hoje - não desrespeitando meus outros mestres, mas - pra mim ela foi e é a melhor. Ela me ensinou uma coisa que pra mim é essencial, o “amor à arte”. Era uma época em que a técnica não era tão cobrada como hoje, era pura emoção, desde as aulas, as coreografias, as competições, as viagens, a amizade, era pura emoção. Foi minha professora de Jazz Dance e até hoje é a minha grande inspiração para minhas aulas de dança do ventre, coreografias, ensaios e etc, tudo!. Mas uma coisa que até hoje falo e tento ensinar para minhas alunas e companheiras foi isso que eu aprendi com ela: amor. E como eu sempre digo “Divirtam-se!” rs. Sou o que sou graças a ela que teve grande contribuição para que eu me tornasse bailarina, professora e profissional da área.

. Quais suas conquistas/superações e realizações?
Minhas maiores conquistas são minhas alunas e o reconhecimento do meu trabalho hoje por tudo que eu plantei e estou plantando ainda. Além dos troféus e das conquistas que sei que tem muitos ainda por vir. Minha realização hoje é meu novo projeto, minha companhia de dança do ventre que já completou 1 ano. A “Cia Raqs Sharqi - Joice Rodrigues” é uma sementinha ainda mas já com grandes conquistas. Somos ao todo 10 bailarinas nacionais e 1 internacional e faremos esse ano nossa primeira viagem internacional. Uma grande conquista a qual estou muito feliz. Superamos e temos muito a superar ainda.

. Quais são suas atuais dificuldades na dança?
 Acho que não são só minhas dificuldades mas acredito que de muitos artistas seja na dança, no teatro, na música, é o reconhecimento da sociedade no geral. Ser reconhecido como profissional, como artista, ser reconhecido e respeitado como um trabalho como outro qualquer. Eu vivo da minha dança, eu vivo de arte, eu vivo da cultura. Vivo e sobrevivo! E a dificuldade é a falta de respeito que nós artistas sofremos. Falta de reconhecimento da sociedade não culta. Quando cobramos nossos trabalhos, não somos valorizados. É triste mas é a realidade. Acho que é minha maior dificuldade.

. Quais são suas bailarinas favoritas (nacionais e /ou internacionais)?
 Minhas bailarinas - e bailarinos também - favoritos nacionais são: Carla Silveira, Lulu, Tarik, Esmeralda, Mahaila El Helwa, Munira Magharib, Flávio Amoêdo, Aziza Mor entre outras. Amo muito as argentinas (os) como: Saida, Shahdana, Pablo Costa, Yamil, Romina Maluf, o jeito louco e ousado da Shanan e também sou fã das antigas como, Samira Gamal, Tahia Carioca - estudo muito essas duas, do Egito tem meu grande amigo Amr Abd Alla, com quem fiz aula e já dancei. Gosto das americanas como a Jillina, que tem um trabalho artístico que gosto muito. Tento sempre buscar referências, sou muito eclética e gosto de sempre estudar novos estilos e principalmente assistir vídeos antigos.

. Um sonho na dança?
Colher coisas boas, ser reconhecida. E nunca para de dançar.

. Agora vou te falar algumas palavras e você as relaciona com a primeira palavra  que vier à sua cabeça.   
- Dança: Vida.
- Amizade: Importante.
- Filhos:  Sou louca pra ser mãe.    
- Diversão: Estar com minhas alunas.
- Cor:  Roxo.
- Dinheiro: Necessário.
-Passado: Pai.
- Presente: Cia Raqs Sharqi.
- Futuro: Sucesso.


Bailarina, professora e coreógrafa. Leciona aulas de “Dança do ventre” na Academia Ana Eliza Antunes na cidade de Araçatuba/SP deste 2012 e participa de montagens coreográficas nos espetáculos da escola desde dezembro de 2011.
Para conferir o currículo detalhado de Joice Rodrigues, acesse esse link:  http://freetexthost.com/1u56x5hc0j










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